A Secretaria de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho (Sesmt) da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) promoveu, na manhã desta terça-feira, 21, uma ação especial em alusão ao Outubro Rosa. O evento, realizado no térreo do Bloco A, teve início às 8 horas e contou com a presença da Carreta da Saúde, instalada no estacionamento do Palácio Maguito Vilela.
A iniciativa tem como objetivo reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, oferecendo atendimento gratuito tanto às servidoras da Casa quanto à população em geral. Até 17 horas, foram disponibilizados diversos serviços, como consultas ginecológicas, ultrassonografias, mamografias e exames de marcadores tumorais CA 15.3 e CA 125.
O secretário do Sesmt, doutor Eduardo Bernardes, destacou a relevância da mobilização. “Hoje é um dia especial na Casa. Realizamos o ‘Dia D’ em alusão ao Outubro Rosa, em parceria com a Cruz Vermelha, trazendo uma série de exames gratuitos e preventivos contra o câncer de mama. É uma ação voltada às nossas servidoras e também à comunidade, reafirmando o compromisso da Alego com a saúde e o bem-estar da mulher”, ressaltou.
Mulheres juntas pela cura
Como parte da programação, foi realizada, às 10 horas, uma roda de conversa com mulheres dos projetos “Nossas Mamas, Nossas Histórias”, Associação das Mulheres Mastectomizadas de Goiás e Associação dos Portadores de Câncer de Mama (APCAM). O encontro foi conduzido pela psicóloga e servidora da Alego, Adriana de Carvalho Froes, e contou com a participação de pacientes em tratamento, mulheres em remissão, voluntárias e servidoras, que compartilharam experiências, desafios e aprendizados vivenciados durante o diagnóstico e o tratamento da doença.
A presidente da Associação das Mulheres Mastectomizadas de Goiás, Marlene Francis, contou que fundou a ONG após perceber a falta de apoio enfrentada por pacientes recém-diagnosticadas.
“Muitas mulheres vêm do interior para Goiânia em busca de tratamento e não têm onde ficar. Nosso grupo ajuda nesses casos, oferecendo apoio psicológico, orientação médica, auxílio em encaminhamentos, transporte e até doações de roupas. Criamos uma rede de acolhimento movida pelo amor”, afirmou.
Já Claudineia Nunes de Oliveira, paciente e voluntária da APCAM, destacou o impacto do trabalho da associação, que atende cerca de 600 mulheres por mês.
“Nossa missão é acolher e transmitir amor. Cada mulher que chega até nós encontra não apenas tratamento, mas também afeto e esperança”, disse.
Representando o projeto “Nossas Mamas, Nossas Histórias”, a paciente oncológica Cynthia Aguiar ressaltou que a principal missão desses grupos é cuidar e apoiar.
“Nossa única certeza é que amor não vai faltar. Por meio do projeto, acompanhamos de perto cada mulher, oferecendo atenção, empatia e o fortalecimento necessário para enfrentar o tratamento”, completou.
Sobre o Outubro Rosa
O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização sobre o câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A campanha tem como objetivo promover o compartilhamento de informações, estimular o diagnóstico precoce, garantir maior acesso aos serviços de saúde e contribuir para a redução da mortalidade causada pela doença.
No Brasil, o movimento foi oficializado pela Lei nº 13.733/2018, que institui outubro como o Mês de Conscientização sobre o Câncer de Mama. A norma orienta a realização de atividades como:
I – iluminação de prédios públicos com luzes cor-de-rosa;
II – promoção de palestras, eventos e atividades educativas;
III – veiculação de campanhas informativas sobre prevenção e diagnóstico precoce.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) participa do movimento desde 2010 e promove eventos técnicos, debates e apresentações sobre o assunto, assim como produz materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores protetores e detecção precoce do câncer de mama.
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.