sexta-feira, dezembro 6, 2024

Mostra leva produções brasilienses ao Cine Brasília



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A partir desta quinta-feira (9), com o mote Cinema Brasiliense no Cine Brasília, o público poderá prestigiar a exibição de mais uma rodada de filmes produzidos por cineastas da capital federal. As sessões seguem até o próximo dia 19, com a reprise do show do DJ Alok na celebração dos 64 anos de Brasília.

A partir desta quinta (9), o Cine Brasília exibe rodada de filmes produzidos por cineastas brasilienses | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

As produções foram escolhidas a partir da curadoria do cineasta Pedro Lacerda e, mais uma vez, serão exibidas ao público gratuitamente.

O filme de estreia desta edição é o longa-metragem Conterrâneo Velhos de Guerra, do diretor Vladimir Carvalho. O filme retrata o ano de 1959, quando pessoas de diversas partes do Brasil, especialmente do Nordeste, chegam a Brasília para trabalhar na construção da futura capital brasileira.

O cinema foi reaberto reaberto em 22 de abril, depois de passar dois meses fechado para intervenções e obras de manutenção

Reabertura

No último dia 22 de abril, o Cine Brasília foi reaberto após um período de dois meses, em que esteve fechado para intervenções e obras de manutenção. O investimento na melhoria do primeiro equipamento público da capital, inaugurado em 22 de abril de 1960, foi de cerca de R$ 1 milhão.

R$ 1 milhão

Valor investido na reforma do Cine Brasília

A reabertura da maior sala de cinema de rua do país contou com a exibição especial do filme JK – O Reinventor do Brasil e o lançamento de uma exposição fotográfica com imagens do ex-presidente da República no hall do cinema. O evento fez parte da programação comemorativa dos 64 anos de Brasília.

“Não por acaso reabrimos o Cine Brasília, depois da reforma, com um filme sobre JK. Isso para nós é muito emblemático. Celebramos a cidade que foi concebida, criada e construída por JK e deixamos um legado para o campo da cultura do Distrito Federal”, reforça o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes.

Gestão compartilhada

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) está finalizando o processo de contratação da nova gestão do Cine Brasília. A seleção da Organização da Sociedade Civil (OSC) durou cerca de 60 dias.

As exibições seguem até o dia 19 de maio, sempre às 20h; todas as sessões são gratuitas

A OSC vencedora da seleção fará a gestão compartilhada do Cine Brasília, em parceria com a Secec. O orçamento previsto para a gestão é de R$ 2 milhões por ano, totalizando R$ 6 milhões ao final do contrato.

“É importante lembrar que agora essa parceria de cogestão tem o prazo de até três anos para dar mais longevidade ao projeto, e já possui recursos garantidos para promover o audiovisual do DF por meio deste equipamento tão importante que é o Cine Brasília”, destaca Claudio Abrantes.

A nova cogestão deve iniciar ainda neste mês de maio; até lá, o público poderá desfrutar de sessões gratuitas da segunda edição da mostra de filmes brasilienses, sempre às 20h.

Confira a programação completa:

Dia 9, às 20h – Conterrâneos Velhos de Guerra

Em 1959, pessoas de diversas partes do Brasil, especialmente do Nordeste, chegam à cidade de Brasília para trabalhar na construção da futura capital federal. Assim como os canteiros de obras se espalham no meio do nada, os abusos aos trabalhadores também. Essas pessoas, que ficaram conhecidas como candangos, sofreram humilhações, e as péssimas condições de trabalho levaram a um grande número de mortes. Direção de Vladimir Carvalho. Classificação livre.

Dia 10, às 20h – A Repartição do Tempo

Num rincão esquecido da vasta burocracia brasileira, um chefe psicótico usa uma máquina do tempo para duplicar seus funcionários e aumentar a produtividade. Direção de Santiago Dellap. Classificação livre.

Dia 11, às 20h – Noctiluzes

Um misterioso homem cego recebe a visita de dois desconhecidos em um píer, e compartilham histórias que parecem puro absurdo. Cada um deles tem um motivo para estar ali, mas ninguém quer revelar, o que torna o conflito inevitável. Seleção oficial do Festival Internacional de Zanzibar 2022. Direção de Jimi Figueiredo e Sergio Sartório. Classificação livre.

Dia 12, às 20h – Marés

Depois de anos negligenciando o alcoolismo em sua vida, Valdo percebe que dar continuidade à bebedeira implica perder a guarda da filha que tanto ama. Direção de J. Procópio. Classificação: 16 anos.

Dia 13, às 20h – Profissão Livreiro

O livreiro Ivan Presença, dono da falida Livraria Presença de Brasília, guarda em sua casa mais de 110 mil livros amontoados em dois galpões que construiu no lote onde mora e se viu ameaçado com a chegada das grandes redes e dos novos modelos de negócios, impulsionados pela internet. Direção de Pedro Lacerda. Classificação livre.

Dia 14, às 20h – Candango – Memórias do Festival

Em 1965, um ano após o golpe militar que instalou uma ditadura no Brasil, um pequeno oásis de liberdade surgiu na capital do país: o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Um marco de resistência cultural, artística e política, contar a história deste festival significa contar a história do próprio cinema nacional, da expressão artística dentro de uma censura brutal, e da subsequente redemocratização. Direção de Lino Meireles. Classificação: 16 anos.

Dia 15, às 20h – Hollyhood no Cerrado

O documentário traça uma nova perspectiva sobre a ocupação do Centro-Oeste do Brasil por meio de histórias pouco conhecidas. Narrado na forma de um almanaque audiovisual, o filme retrata as transformações culturais, econômicas e midiáticas anteriores à transferência da capital do Brasil para Brasília. Animações e depoimentos revelam a história de vida de sertanejos, missionários, imigrantes europeus, sírio-libaneses, norte-americanos e de astros de Hollywood que desbravaram o velho Centro-Oeste em busca da Terra Prometida. Direção de Armando Bulcão e Tania Montoro. Classificação livre.

Dia 16, às 20h – Meu amigo Nietzshe

Aprender a ler pode trazer muitas surpresas e abrir horizontes inimagináveis. Mas como você faz isso quando os livros são escassos. No Brasil, o primeiro livro encontrado em um aterro sanitário pode dar conta do recado. Nietzsche torna-se, assim, o companheiro diário de Lucas e irá guiá-lo em muitas aventuras. Direção de Fáuston Da Silva. Classificação livre.

Dia 16, às 20h – Chiquinho, o Livreiro da UNB

O documentário mostra a vida do livreiro Chiquinho da UnB, e revela que os livros estão presentes até na casa dele. Direção de Hélio Doyle. Classificação livre.

Dia 17, às 20h – Araguaia, a conspiração do silêncio – 20 anos depois

O Exército Brasileiro no auge da ideologia da segurança nacional, um partido de esquerda dissidente, militantes aguerridos (a maioria deles ainda jovem e inexperiente), inocentes camponeses e uma região onde a ambição e a miséria disputavam lugar palmo a palmo. Direção de Ronaldo Duque. Classificação: 16 anos.

Dia 18, às 20h – Suassuna, a peleja do sonho com a injustiça

Um momento crucial da vida do escritor Ariano Suassuna: a transformação da amargura pelo assassinato do pai, João Suassuna, em força para seguir o exemplo paterno e se tornar um defensor do povo nordestino e de seus direitos. O roteiro da animação foi escrito em versos e a arte é inspirada nas xilogravuras do movimento armorial, vertente artística idealizada por Ariano. Direção de Felipe Gontijo. Classificação livre.

O colar de Coralina

Filme com Letícia Sabatella, inspirado no poema de Cora Coralina O Prato Azul Pombinho. Direção de Reginaldo Gontijo. Classificação livre.

Dia 19, às 20h – Show do Alok no aniversário de Brasília

Reprise remasterizada. Duração: 80 minutos. Classificação livre.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)



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