BRB se transforma sob liderança de Paulo Henrique Costa, superando escândalos e fortalecendo sua posição no mercado financeiro
O Banco de Brasília (BRB) conquistou sua independência em 31 de janeiro de 2019, quando o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) nomeou Paulo Henrique Costa para a presidência da instituição. À época, o BRB enfrentava um período de fragilidade, marcado por escândalos e desconfiança, especialmente após as repercussões da Operação Circus Maximus, que expôs esquemas de corrupção envolvendo políticos e empresários.
Paulo Henrique Costa assumiu com a missão de resgatar a credibilidade do banco, fortalecendo a governança, modernizando processos e impulsionando a inovação. Em pouco tempo, sua gestão transformou o BRB em um banco público competitivo, ampliando sua presença no mercado e diversificando produtos e serviços. O foco no desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal foi acompanhado por números expressivos que consolidaram a nova fase da instituição.
Cinco anos depois, o BRB apresenta uma realidade completamente diferente. Livre de escândalos e investigações policiais que outrora mancharam sua reputação, o banco demonstra solidez e profissionalismo. Esse desempenho reflete a experiência de mais de 25 anos de Paulo Henrique Costa no setor financeiro, aliada a um modelo de gestão que prioriza transparência e crescimento sustentável.
O Interesse de grupos políticos e empresariais
Apesar do avanço, o BRB continua sendo alvo da cobiça de grupos políticos e empresariais que tentam recuperar antigos esquemas de influência. No passado, era comum que figuras poderosas pressionassem a instituição para liberar empréstimos a fundo perdido, beneficiando aliados em operações suspeitas. Casos como as Operações Aquarela e Circus Maximus expuseram essa prática, mas a atual gestão trabalha para blindar o banco contra essas interferências, promovendo maior transparência e eficiência.
O crescimento e a profissionalização do BRB incomodam setores da velha política, que veem na instituição uma fonte estratégica de poder e recursos. O banco, que já foi um espaço de negociação e favorecimento político, agora se destaca por critérios técnicos e meritocráticos. Essa mudança tem gerado resistências e tentativas de desestabilização.
Ontem (12/02), o BRB, suas subsidiárias e o Banco Central assinaram um Termo de Compromisso, instrumento regulatório utilizado para corrigir eventuais irregularidades e estabelecer contribuições pecuniárias. Apesar de a legislação proibir o uso do termo para infrações graves, como prejuízos à liquidez ou riscos à estabilidade do sistema financeiro, a medida não é exclusiva do BRB. Outras instituições, como Caixa, Safra, Bradesco, C6 e BTG, também firmaram acordos semelhantes.
Os números impressionantes do BRB

Entre dezembro de 2018 e setembro de 2024, o BRB demonstrou crescimento exponencial em diversas frentes:
O número de clientes saltou de 650 mil para 9 milhões, um crescimento de 1.284,62%.
O patrimônio líquido aumentou de R$ 1,36 bilhão para R$ 2,9 bilhões, uma alta de 112,45%.
As captações cresceram 338,26%, saindo de R$ 11,5 bilhões para R$ 50,4 bilhões.
O ativo total expandiu 254%, passando de R$ 15,2 bilhões para R$ 53,82 bilhões.
Os depósitos saltaram de R$ 6,77 bilhões para R$ 34,73 bilhões, um crescimento de 413%.
A inadimplência caiu 0,35%, indo de 2,02% para 1,67%, enquanto o índice do mercado (SFN) subiu 0,50% (de 2,70% para 3,20%).
A carteira de crédito total aumentou 318%, de R$ 9 bilhões para R$ 37,5 bilhões.
A carteira de crédito de pessoa física cresceu 138%, de R$ 7,34 bilhões para R$ 17,46 bilhões.
A carteira de crédito de pessoa jurídica teve um crescimento impressionante de 812%, saindo de R$ 521 milhões para R$ 4,75 bilhões.
A carteira de crédito imobiliário disparou 1.118%, indo de R$ 916 milhões para R$ 11,15 bilhões.
A carteira de crédito rural cresceu 764%, de R$ 203 milhões para R$ 1,75 bilhão.
O lucro líquido aumentou 170%, saltando de R$ 756,4 milhões para R$ 2 bilhões.
Esses números demonstram não apenas a solidez do BRB, mas também o impacto positivo da atual gestão. O banco deixou de ser uma instituição de atuação regional e expandiu sua presença para 95% do território nacional, consolidando-se como um dos principais players do sistema financeiro.
A máfia da jogatina e os olhos sobre o BRB
O sucesso do BRB e sua nova governança transparente não passaram despercebidos por organizações que historicamente buscaram influência sobre a instituição. Informações de bastidores indicam que a máfia da jogatina, com base em Goiás e ramificações no Distrito Federal, tem interesses diretos na presidência do banco. Esse grupo, ligado ao mercado clandestino de apostas e jogos ilegais, tenta influenciar a nomeação de dirigentes que facilitem suas operações.
Os esforços para manter a integridade da instituição têm se deparado com investidas desse e de outros grupos, que enxergam no BRB um instrumento estratégico para movimentações financeiras de alto risco. O enfraquecimento da governança e o retorno de antigas práticas são objetivos claros dessas articulações.
O Futuro do BRB: Resistência e compromisso com a ética
O BRB se consolidou como um banco público eficiente, transparente e lucrativo, revertendo uma trajetória de escândalos para se tornar referência no mercado financeiro. No entanto, sua estabilidade ainda depende da resistência contra interesses obscuros que tentam retomar o controle da instituição.
A luta pela manutenção da governança independente e pelo fortalecimento das práticas éticas é um desafio constante. A atual gestão tem demonstrado capacidade para enfrentar essas pressões e garantir que o BRB continue crescendo de forma sustentável, beneficiando não apenas o Distrito Federal, mas todo o Brasil.
A cobiça por uma instituição sólida e lucrativa é evidente, mas a transparência e a eficiência seguirão como pilares fundamentais do banco. O BRB não pode voltar a ser moeda de troca no jogo político – e cabe à sociedade e aos órgãos de controle garantir que a sua trajetória de sucesso continue.