A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) – por meio de ação integrada da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC/Decor) e da 17ª DP – conduziu investigação complexa com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada à prática de fraudes eletrônicas em larga escala, com alvo específico em vítimas idosas.
A investigação revelou a existência de uma estrutura criminosa altamente articulada, dividida em núcleos de atuação, responsável por executar golpes conhecidos como “Falsa Central de Atendimento”, utilizando-se de engenharia social para enganar as vítimas. Os criminosos contatavam as vítimas por aplicativos de mensagens instantâneas, apresentando-se como representantes de instituições bancárias ou autoridades policiais, com o fim de obter dados sigilosos e acesso a contas bancárias.
Em sua atuação, os integrantes do grupo utilizavam documentos e linhas telefônicas cadastradas em nome de terceiros, manipulação de imagens de servidores públicos para conferir verossimilhança às abordagens e métodos de coação psicológica contínua, visando isolar as vítimas de qualquer apoio externo. Após instaurado o vínculo de confiança fraudulento, as vítimas eram induzidas à entrega de cartões, aparelhos celulares e dados sensíveis, que eram posteriormente utilizados para a efetivação dos crimes patrimoniais.
No curso das diligências investigativas, foram identificadas diversas vítimas efetivamente lesadas, todas sendo pessoas idosas em situação de vulnerabilidade emocional e digital. As apurações indicam que o montante total subtraído ultrapassa a R$ 1 milhão, demonstrando a gravidade da atividade criminosa empreendida pelo grupo.
Com base nas provas colhidas, foram representadas judicialmente e deferidas medidas cautelares, dentre elas: prisão preventiva e temporária de investigados, busca e apreensão em domicílios estratégicos, sequestro de veículos e bloqueio de ativos financeiros. As decisões foram cumpridas de forma simultânea durante a deflagração da operação, com apoio operacional do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Como resultado da ação, cinco investigados foram presos nas cidades de Planaltina-DF, Mairiporã-SP, São Paulo-SP e São Vicente-SP, sendo recolhidos materiais probatórios relevantes, tais como equipamentos eletrônicos, documentos e mídias de armazenamento.
Todos os presos foram indiciados pela prática dos seguintes delitos:
• Estelionato qualificado pela Fraude eletrônica (art. 171, §2º-A, I, do Código Penal);
• Organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/2013);
• Lavagem de capitais (art. 1º da Lei 9.613/1998).
A soma das penas máximas cominadas aos crimes mencionados pode alcançar 32 anos de reclusão, sem prejuízo de acréscimos decorrentes de causas de aumento e agravantes incidentes, especialmente em razão da vulnerabilidade das vítimas.
As investigações prosseguem sob sigilo, com foco na análise de registros telemáticos e transações financeiras, visando ao completo desmantelamento da organização criminosa, à identificação de novos partícipes e à recuperação de ativos obtidos com os proventos ilícitos.
Assessoria de Comunicação – PCDF
PCDF, excelência na investigação!